PROSA/CRÔNICA
A PROSA é o gênero em que se foca mais em questões lógicas e racionais, é a captação do não eu, ou seja, a prosa trata de assuntos de questões sociais, emoções de outras pessoas ou simplesmente retrata objetos.
É predominante na prosa o uso das linguagens narrativa e descritiva, e fixa em aspectos visíveis. Há ênfase na denotação, ou seja, as palavras possuem sentido literal.
O texto em prosa não deve ser necessariamente corrido e contínuo. Apesar de se enquadrar melhor nessa forma, pode-se fazer prosa em linhas descontínuas, caso o tema esteja relacionado a alguma questão racional, externa e não ligada ao eu.
É o texto corrido (o que se diz ou escreve sem métrica; o que se diz ou escreve sem ser em verso), que se dá por meio de narrativas longas ou curtas. A prosa é importante, pois nos deixa com uma visão clara dos movimentos literários (Dom Casmurro, por exemplo, é uma narrativa em que percebemos claramente a passagem do romantismo para o realismo). A prosa pode ter dois tipos de narradores: o onisciente seletivo e o onisciente seletivo múltiplo. O onisciente seletivo acontece quando o narrador está apenas contando a história como um simples e puro fato, como quem vê de fora. O onisciente seletivo múltiplo é quando, além de contar a história, o narrador consegue entrar na mente de seu personagem (um ou mais).
A PROSA POÉTICA é prosa que quebra algumas das regras normais dela para atingir uma imagem mais formal e sofisticada ou uma maior transição emocionalmente tensa.
Como forma poética específica, a prosa poética originou-se no século XIX na França. A prosa francesa era atingida por leis tão restritas que as quebrando era possível criar leis novas que poderiam ser vistas como poesia em prosa. Assim, a poesia em prosa é considerada por muitos críticos como uma primeira quebra de leis, vontade de expressão. A poesia moderna aconteceu quando poetas se revoltam contra a obrigatoriedade de um código de escrita, o verso, para chegar-se à definição de poesia, propondo o que foi considerado por muitos uma fusão entre gêneros, ou um novo gênero.
Poetas como Charles Baudelaire, Arthur Rimbaud e Stephane Mallarmé são considerados alguns dos fundadores desta forma de poesia. Porém, o século XVIII já havia produzido outros poemas em prosa, que exploravam o ritmo musical e harmonioso das frases e parágrafos. Quando Baudelaire escreve sem nenhum ritmo um texto e o intitula de poema, coloca em questão a própria definição de poesia.
CRÔNICA é uma narrativa de uma situação cotidiana ou de assunto muito falado quando se escreve. Os fatos são contados segundo a visão de quem escreve, sempre se dirigindo ao leitor, como se fosse um " diálogo ".
É um gênero textual curto, escrito em prosa e que é geralmente produzido para meios de comunicação como jornais, revistas e outros.
O cronista pode ser o personagem, o observador, o narrador onisciente, que conhece tudo sobre o que escreve.
A palavra “CRÔNICA” vem do latim chronica, “relato de fatos ou histórias de acordo com a ordem em que se sucedem no tempo”, derivado do adjetivo chronica, “relativo a tempo”. O latim baseou-se no vocábulo grego khrónos, “tempo”, nome emprestado do deus grego Cronos, filho de Urano (Céu) e Gaia (Terra).
Nem sempre a crônica fez parte da literatura. Em suas origens, no início da Era Cristã, as crônicas eram relatos de fatos em sequência cronológica. Na Idade Média, o gênero assumiu um caráter mais histórico, em geral registrando acontecimentos, verídicos ou não, ligados à nobreza.
CARACTERÍSTICAS
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narrativa curta;
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uso de linguagem simples e coloquial;
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presença de poucos personagens, se houver;
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espaço reduzido;
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temas relacionados a acontecimentos cotidianos.
TIPOS
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Jornalística
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Revistas
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Histórica
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Humorística
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Narrativa
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Argumentativa
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Descritiva,
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Reflexiva
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Poética
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Lírica
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Mistura de tipos.
Segundo Mardilê Friedrich Fabre http://www.recantodasletras.com.br/autores/mardile) temos:
PROSA é a expressão natural da linguagem escrita ou falada. Não está sujeita a ritmo nem à rima, nem a verso, nem a número de sílabas. É mais utilizada na linguagem do quotidiano e quando se quer expressar o pensamento racional. Prosa é o nome que se dá à forma de um texto escrito em parágrafos. São exemplos de prosa o romance, o conto, a novela, a crônica. ( Mardilê Friedrich Fabre)
POESIA é a linguagem subjetiva, que utilizamos para exprimir nossos sentimentos e nossas emoções, com elementos sonoros: ritmo, rima e verso. Até a Idade Média, a poesia era cantada. Só depois é que se separou o poema da música. (Mardilê Friedrich Fabre)
PROSA POÉTICA, também chamada poesia em prosa, é a poesia escrita em prosa, isto é, sem as características do poema: métrica, ritmo, rima e outros elementos sonoros. Um texto escrito em forma de prosa pode ser considerado “poesia", se sua função for poética, ou seja, se exprimir emoções e sentimentos. (Mardilê Friedrich Fabre)
POEMA é a forma da poesia. Em geral, confundimos poema com poesia, porque escrevemos poesia em poema, embora se possa escrever também poesia em prosa. Um poema é composto de vários versos e estrofes. Vamos dizer que o poema é a roupa mais comum da poesia. É a parte concreta da poesia enquanto a poesia é a parte imaterial. Os poemas têm elementos sonoros importantes, como métrica, ritmo e rima, justamente porque eram acompanhados de música e dela guardam esses elementos. (Mardilê Friedrich Fabre)
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1. RAIVA
Na maturidade a sabedoria vai se tornando mais presente e maior e passamos a entender melhor o que é a RAIVA e o quanto e quando perdemos e vamos perder com este sentimento/emoção. Nossa sabedoria é decorrente das nossas experiências individuais, sociais, familiares e outras que fazem parte da nossa vida. Conseguimos detectar o “gatilho” que atira essa “bala” que de doce não tem nada. As balas estão na arma que portamos através dos olhares firmes e por vezes agressivos, no cerrar de nossa boca e das mãos, nas frases curtas, entre inúmeros outros e outras. O ser raivoso quase sempre é um ser machucado, magoado, frágil, que atua usando a raiva como disfarce que na maioria das vezes é uma máscara do medo e para o medo do que se sente. Isto atrai a atenção dos outros para você e para o que o incomoda, mas no fundo “ninguém está nem aí” para a sua RAIVA. E você fica com mais RAIVA ainda por sentir que você não tem nenhuma importância para os outros. Você não pode VAIAR, nem AVIAR qualquer receita, pois a RAIVA não é uma palavra e sim reação a determinada situação. Vou AVIAR aqui minha receita: busque a CALMA na sua ALMA, RIA da sua IRA 03 vezes ao dia: pela manhã, à tarde e à noite. Ficará viciado em calma, serenidade, paz, sorriso e riso, que o acompanharão pela vida afora. Nunca mais acionará o gatilho da RAIVA na sua vida, suas balas transformar-se-ão em confeitos benfeitos e saborosos que você pode comer e oferecer diariamente às pessoas.
2. CONSELHOS PARA VIVER A VIDA NO SÉCULO 21
Conselho 01
Estamos com pressa todos os segundos, minutos, horas e momentos que vivemos. Não sei o porquê. Já que o dia chega, acaba, a noite vem, fica, acaba e tudo começa novamente. Aqui então vai um conselho para mim e para todos nós: “Apressa-te em tudo que fizer na tua vida, mas DEVAGAR SEMPRE.”
Conselho 02
Pensamos sempre no nosso passado, com alegria, com indiferença, com tristeza, pouco importa, pois já foi. Conselho para mim e para todos: “Não seja conservador, perpetuando os seus erros passados, nem progressista, buscando cometer novos erros”.
Conselho 03
A inteligência artificial é o aprendizado da máquina, com supervisão humana pois estuda as experiências humanas de maneira automática, mas sem interferência dos seres humanos. Na sua leitura fazem diagnósticos, escolhas, têm domínio total. Os algoritmos fazem varredura de todos os dados que encontra no seu caminho como se se olhasse no espelho e fizesse um relato minucioso do que vê. Conselho para todas as máquinas: “Não adianta quebrar o espelho e sim mudar sua aparência”.
Conselho 04
As informações, os dados, o conhecimento, o discernimento, a lucidez, a consciência, a sabedoria inferior e a sabedoria superior devem seguir a sua rota científica que se acha exata, mas como seres humanos evoluídos que conhecem o mundo em que vivem, usemos nosso poder pessoal adquirido para estar acima de tudo. Conselho para todos os seres humanos: “A ventura e a aventura das nossas vidas devem nos levar a voar, a planar acima dos dados, das pesquisas, das máquinas em geral”.
3. DIÁLOGOS DISCORDANTES (DIDI)
Diálogo é uma conversação, uma troca de ideias, uma fala em que há a interação entre dois ou mais indivíduos, um colóquio, uma conversa. Os diálogos podem ser concordantes (DICON), mas os diálogos nem sempre são concordantes, podem ser discordantes (DIDI).
Discordar é ter opinião contrária à de (alguém); divergir, discrepar.
Na minha vida e no meu dia a dia familiar e social, fui bastante a DIDI, pois sempre dialoguei, sempre me comuniquei, mas nem sempre minhas opiniões eram concordantes com as das pessoas e as delas com as minhas. O fato de existir um diálogo discordante não significa briga, raiva e sim um respeito e uma liberdade de se ser quem se é. Já a conversa que é sempre concordante (CONCON ou COCO ou COCÔ) não leva a lugar nenhum, não há interação. Prefiro continuar sendo a DIDI quando não concordo, o que me faz aprender a cada papo que tenho com as pessoas do meu entorno.
4. GAVETA GRÁVIDA
Tenho uma cômoda especial antiga com sete gavetas, cinco grandes e duas pequenas, onde coloco perturbações, alterações, problemas pessoais, emocionais, mentais, espirituais e relacionais que não posso resolver imediatamente. Elas não têm chaves e posso abrir e fechar quando quero. Quando estou disposta decido qual quero abrir e esvaziar. Outro dia “passando eu”, por perto da cômoda, percebi que uma delas estava bem estufada e continuava a se estufar mais e mais. Prestei bastante atenção nela e subitamente entendi que estava grávida e precisava fazer o parto imediatamente. Foi o que fiz, apenas com as minhas mãos consegui que nascessem os bebês, pois eram vários e várias que alegremente pularam e dançando sumiram no espaço. Que felicidade! Aguardo ansiosamente que as outras seis gavetas engravidem e não me importo com quem as engravidou.
5. ADEUS
Dizer adeus sempre é triste. Significa uma partida definitiva. Só ficam saudades, lembranças, memórias do que já foi; a tristeza do que poderia ter sido; a esperança de algo novo e melhor, chegar.
ADEUS=SAÚDE=DEUSA pois têm as mesmas letras. É apenas uma questão do lugar delas.
Sou como uma DEUSA que diz ADEUS com SAÚDE para mais um momento que foi.
6. MAMÃE NOEL EM PASSEIO EM DIA DE LUA VAZIA
Estava eu andando e observando a maravilha da natureza num dia de lua vazia; uma convivência da vida em cidade com a natureza exuberante. Árvores lindas, algumas jovens, pequenas outras velhas e muito fortes, empinadas com muito garbo e com muitas raízes mostrando-se no solo, perfurando o duro cimento e algumas que subiram contornaram os galhos e caíam secas em ramificações em direção ao chão.
Há anos tenho a mesma visão deste local. De repente numa das árvores um esquilo chegou, ficou me olhando por longo tempo como se comigo conversasse na sua linguagem e eu o entendesse. Que momento! Continuei a andar porque ele subiu bem alto e se escondeu de mim. Encontrei então uma galinha com quatro pintinhos um bem amarelinho e os outros três não tanto, que ciscava o chão para que seus filhotes comessem. Nem me deram bola, assim continuaram como se eu não existisse para eles. Continuei minha marcha e mais para frente ouço um barulho, olho para o céu e grande quantidade de pássaros negros voavam em bando dando boa-tarde para mim. Então cocoricó forte ouvi nos meus ouvidos, não sei se de um ou de vários galos, mas foram sete cocoricós. Não consegui saber de onde vinham já que eram muitas as casas no local; um pouco depois vários galos e galinhas passeavam pela avenida que eu andava. Fui até o fim da avenida cheia de árvores e comecei a voltar e novos cocoricós, em outro local ouvi. Subitamente uma senhora com um vestido longo estampado em branco, azul e vermelho, carregando dentro de um carrinho de supermercado um pequeno cachorro e outros ingredientes chamou as aves e galos e galinhas chegaram aos poucos e como MAMÃE NOEL abriu uma vasilha e começou a jogar migalhas espalhando-as pelo chão o que fez brotar além dos galos e galinhas já por mim conhecidos, muitos pombos e pombas cinzentos. A MAMÃE NOEL não deve gostar muito de pombos, pois os espantava e chamava as avezinhas que não voavam para comer primeiro. Após a distribuição das migalhas ao solo, trouxe um pratinho branco onde colocou água e partiu com seu carrinho de supermercado talvez em direção à lua vazia.
7. UNIVERSO
O Universo é uma potência que contém um colossal corpo cósmico que cria, preserva, destrói e recria a cada momento que passa.
Tudo muda; para melhor, para pior, depende do seu movimento e de sua noção na vida e da vida. Nada é cem por cento garantido, apenas o movimento o é. Relaxe, não se apresse, viva cada segundo, pois ele é fecundo e volátil. Preserve-o na sua memória e escreva e reescreva sua vida. Seja o universo, multiverso, controverso, não importa. Abra a sua porta para ele e ainda que sem rima faça da sua vida a sua poesia.
8. NÓS E NÓS
Precisamos nos conscientizar que NÓS não somos marionetes do destino, que nada é imutável; e sempre fazemos temos e teremos escolhas. Você decide a cada momento.
Há algo maior que a posse de bens materiais, como carros, casas, aparelhos eletroeletrônicos de última geração e até mesmo de posse sobre os outros.
Somos espíritos aventureiros, corajosos e viajantes; ao longo de nossa viagem temos várias experiências que nos ajudam a aprender, nos compreender; a conscientizar de quem fomos, somos e poderemos ser no porvir.
Temos três pês todos os dias de nossas vidas, passado, presente e porvir que se entrelaçam, formando NÓS que não conseguimos desatar facilmente. Mas é possível um reencontro com nosso ser profundo. Na ausência e na presença de várias situações é que aprendemos e compreendemos tudo a respeito de nossas vidas. Precisamos parar de lutar conosco mesmos e com o mundo. É importante amar cada parte de NÓS mesmos, até as partes que não gostamos, que costuma errar em cada atitude que temos. Cada um de NÓS é o criador das situações vivenciadas e de vários NÓS. Temos nossas memórias e precisamos limpá-las pois é impossível removê-las. O amor por si mesmo é um processo que NÓS devemos começar para conseguirmos aprender os tipos de NÓS existentes e como desatá-los.
09- REFLEXÃO SOBRE O SENTIDO DA VIDA
NA VIDA PRECISA HAVER HARMONIA ENTRE O DAR, O DOAR E O RECEBER. SEMPRE PRECISA HAVER SABEDORIA, GENEROSIDADE COM TODOS E ESPECIFICAMENTE CONSIGO MESMO. TEMOS DIREITO DE DAR, DOAR E DE RECEBER.
Não adianta zangar-se com Deus como fazemos e eu especificamente já o fiz e preciso me administrar para não o fazer sempre. A verdadeira humildade e a verdadeira sabedoria precisam sempre estar presentes na nossa vida. Humildade e sabedoria são irmãs uni-vitelínicas e caminham juntas de mãos dadas quando e como falamos e como e quando ouvimos. Precisam estar presentes no dar, doar, receber e sentir-se merecedor(a).
DEBORAH foi a primeira filha que nasceu da TITA e do PEDRO. Três homens e três mulheres, seis no total. Todos já foram, mas ela ainda está aqui. Sempre soube ajudar, compartilhar, doar, dar o que pôde durante toda a sua vida. Agora completa CEM ANOS, um século. Foi uma intelectual bastante à frente do seu tempo. Atualmente não tem mais consciência do que teve, foi e é.
Isso me desgosta muito, o que me leva a questionar e entender o sentido especificamente de sua vida, onde sempre deu de si e ajudou a todos. NUNCA SOUBE RECEBER. Sempre que lhe era dado um presente material ela dizia: -Não precisava, você não devia se preocupar em me dar presentes, não devia gastar comigo. Depois ao longo do tempo “transferia” este bem material para outra pessoa que ela entendia que precisava mais ou que gostaria de tê-lo. Não havia apego. Refleti bastante antes de escrever sobre ela e sua conduta familiar, social e inter-relacionai, dentro de um contexto próprio. Cheguei à conclusão de que eu, você e todos nós, podemos passar a vida ajudando os outros, mas isto de nada adianta se não soubermos receber. Neste dia estamos RECEBENDO todos vocês, compartilhando um século de existência de Déborah.
Com a vida quase vegetativa que leva hoje ela está aprendendo de maneira bastante sofrida para ela e para todos nós como SABER RECEBER.
Quando conseguirmos ressonar a nossa harmonia entre saber dar e saber receber encerrar-se-á nossa vida física e ficaremos muito felizes em partir, pois cumprimos nosso papel aqui neste planeta deixando no final nossa sinfonia musical como lembrança.